quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A luta pela Reforma do Teatro Flávio Império

Alguns já conheçe o meu poema que fiz para este teatro e seu movimento apelidado de TEATRO EM CANGAÍBA.
A luta pela reforma é longa. O teatro foi inaugurado em 1992 depois ficou fechado por oito anos. Reaberto ficou quatro anos em alta atividade. Foi em 2004 o teatro distrital mais cheio da cidade de são paulo. Porém em 2006 ele foi navamente interditado. Sem programação e sem condições técnicas seguras para o seu funcionamente ele foi fechado, nao reformado, simplismente FECHADO. A partir de então criamos um movimento chamado S.O.S Flávio Império para alertar a comunidade de seu descaso. Conseguimos mais de 3.000 assinaturas e levamos para a Secretaria de Cultura e de lá pra cá só promessa de que ele irá ser reaberto.
Segue algumas matérias do jornal e da tv e o manifesto.
MANIFESTO POR UM TEATRO NUM LUGAR MALDITO
por emerson alcalde 
TEATRO EM CANGAÍBA
Mas Cangaíba fica em São Paulo?
E lá tem teatro?
Fica em São Paulo e tem teatro municipal (Uau)
Porém fora do circuito da capital (Mau)
Cangaíba que do tupi guarani significa:
Dor de cabeça, cabeça ruim
Popularmente terra maldita
Lugar que não dá nada, segundo os índios
Quando sementes eram plantadas

Órgão cultural do nosso sub-distrito
Leva nome de um dos principais cenógrafos
Que o teatro já tenha visto. 
Inaugurado pela migrante do sertão da Paraíba
Mas homenageá-lo em Cangaíba?
Um lugar longínquo demais
Não precisa pedir desculpa bem
esse lugar tem tudo haver com seus ideais

Interditado por quem Ama São Paulo
Que não é arquiteto é engenheiro
E que soube bem investir o nosso dinheiro
$uisseiro
Deixou tudo pronto para o seu sucessor
Que continuou com tudo que o turco apitou
Pra reabrir
Foi preciso que uma nova Estrela brilhasse na cidade
Será que só as mulheres têm sensibilidade?
Era Arte Contra e agora é Pela Barbárie
Atores em cooperação pela ocupação Estável teatral
A Cia. Residiu, interferiu na comunidade local
Os amigos da multidão celebram a vida e saem no jornal
Dramaturgia do saudoso Reinaldo Maia do FOLIAS

A Zhaneta no ensaio grita e berra
Mas o que incomoda o poder vem e serra
E com a serra reparte deixa em parte
Dividido ideal pra ser controlado e dirigido
Aqui, aristocrata acredita ser democrata, só pode tá iludido
Entra e sai partido continuamos esquecidos
Onde será permitido? No CEU?
Não, lá dizem que é subdividido

Um deus separou cultura e educação
Política e religião
criando hierarquias e fragmentação
Burocracia
que funciona para os que estão no plano superior
E nós aqui em baixo ainda estamos esperando Godot
A reforma virá, é só esperar! Não senhor

As ruas pedem urgência!
Cadê o telefone pra eu ligar?
S.O.S Flávio Império você tem que voltar!
Pois saiba que os Fuzis da senhora Carrar de Brecht
Estão guardados pra hora que precisar
Até a Falecida de Nelson vai reencarnar
E convocar os Poetas da Vila e seus amores
Donas de casa, operários e artistas amadores

Pra fazer a OFICINA da antropofagia periférica
No ARENA que será constituída na sua portaria
Electra Prometeu prepare o fogo e Dionísio a orgia
Porque se isso não for do povo
Aí sim irão ver o que é exercer cidadania
Vão sentir o amargo dos Mais Doces Bárbaros de
 Marias, gals, gils e caetanos.
Os coletivos de artes estão ensaiando
Balaio, Cervantes na Arruacirco.

São todos Atormentados
Vocacionados do Extremos Atos
Com União e Olho Vivo, Suburbanos Convictos
Pintando sua aldeia e cantando Zumbi
Periferia é Invisível até a hora de explodir
A revolução cultural permanente
Do Brás à Cidade Tiradentes
As Pombas Urbanas pedem paz
Ao som de Racionais na guerra
que parece do Oriente
Anonimamente encenando a vida
No Cortejo Livre Leste na avenida
Itinerante. Vamos avante! É o levante!
Vem comigo!
Por um teatro num lugar MAU dito.

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